A Clareira das Estrelas Caídas

Já era noite quando Tupã saiu da trilha estreita e se deparou com algo surpreendente: uma clareira iluminada por pequenas luzes flutuantes. Não eram vagalumes. Eram estrelas — de verdade! Caídas suavemente do céu, repousavam entre flores, troncos e musgos, como se tirassem um cochilo antes de voltarem a brilhar lá em cima.

Tupã entrou devagar, maravilhado. O ar ali tinha cheiro de jasmim e uma paz que tocava o coração.

De repente, uma das estrelas se moveu, flutuou até ele e falou com uma voz suave como vento entre folhas:

— Sapinho aventureiro, você já percorreu caminhos de dúvida, de coragem e de fé. Mas falta apenas mais uma escolha: seguir até o fim ou voltar e contar sua história?

Tupã ficou pensativo. A vontade de continuar era enorme, mas ele também queria que outros sapinhos soubessem que o mundo era mais do que o lago.

— Quero terminar a jornada — respondeu firme —, mas depois volto. Prometo contar cada pedacinho.

A estrela brilhou mais forte e pousou em sua cabecinha.

— Então leve minha luz. Ela guiará seus últimos passos.

Quando Tupã saiu da clareira, uma luz suave emanava dele. Mais leve, mais confiante, mais ele mesmo.

A aventura estava quase no fim… ou melhor, quase no começo de algo ainda maior.