A tartaruga estava empolgada. Seu casco reluzia sob o sol da manhã enquanto ela caminhava devagar pela beira do lago. Ao seu lado, a coruja observava tudo com seus grandes olhos curiosos. Depois de muitos dias navegando com seus amigos, finalmente haviam chegado à Ilha dos Sonhos.
O Lago da Calma era o primeiro lugar do mapa mágico. Suas águas eram tão claras que refletiam o céu como um espelho. Pássaros cantavam suavemente e pequenas flores balançavam nas margens.
— Vamos pescar? — perguntou a tartaruga, já estendendo sua varinha artesanal feita de bambu.
A coruja deu um sorriso com os olhos e respondeu:
— Claro! Mas quero tentar pescar pensamentos tranquilos também…
Elas sentaram sobre uma pedra coberta de musgo, os pés quase tocando a água. O silêncio era tão gostoso que parecia embalar o coração. À medida que lançavam suas linhas, sentiam que algo mágico pairava no ar. Era como se o lago soubesse exatamente o que elas precisavam: um tempo de pausa e alegria simples.
De vez em quando, um peixinho curioso surgia para espiar, mas logo voltava a nadar entre as plantas aquáticas. A tartaruga ria. A coruja meditava.
E assim, entre goles de chá de frutas e histórias sussurradas pelo vento, as duas amigas pescavam muito mais do que peixes. Elas pescavam paz.
— Essa ilha já está me fazendo bem — disse a tartaruga, fechando os olhos.
A coruja concordou com um leve “uhuu”, e ambas souberam que a aventura só estava começando.