Esse é um desenho de outono com animais retornando ao ponto de partida – mas com novos olhares e corações mais cheios. Após atravessarem a praia, o campo florido e o vilarejo de inverno, Sol, o guaxinim e o coelho voltaram ao bosque dourado, onde tudo começou.
O vento soprava suave e as folhas secas formavam um tapete de tons quentes. Era como se a floresta estivesse esperando pelos três, com um abraço silencioso.
Dessa vez, não vieram para explorar, mas para agradecer. Cada um recolheu folhas, galhos e sementes, não para decorar o clube dos exploradores, mas para plantar algo novo.
O coelho cavou pequenos buracos e plantou sementes das frutas que comeram no verão. O guaxinim organizou uma mandala com galhos e pétalas ressecadas. E Sol, com calma, enterrou uma carta com os aprendizados da jornada.
Ao final da tarde, sentaram-se no mesmo tronco onde tudo havia começado. O céu, em tons rosados, parecia fechar o ciclo com ternura.
— O outono nos lembra que deixar ir é natural… mas voltar com sabedoria é uma escolha — disse Sol.
E ali, entre folhas que caíam devagar, os três amigos prometeram: a próxima jornada começaria com raízes mais profundas.