O Labirinto dos Cheiros

Na manhã seguinte, Trilo acordou com um cheiro diferente no ar. Não era flor, nem musgo. Era lembrança. Uma trilha de perfume doce serpenteava pelo mato. Sem pensar muito, ele a seguiu.

Quanto mais andava, mais os cheiros mudavam. Um trecho cheirava a bolo de mel, outro a chuva nova, outro a livro antigo. Trilo percebeu que estava dentro de um labirinto feito só de aromas — uma aventura mágica na floresta.

Tentou voltar, mas cada aroma o levava para outro. Quando sentou para descansar, lembrou das penas que ganhou das corujas. Uma delas, azulada, exalava um cheiro leve de lavanda.

Ele a levantou, e todos os aromas ao redor sumiram. Um único caminho se abriu — reto, direto, perfumado de folhas frescas.

No final, havia uma clareira com cogumelos que brilhavam. Trilo sorriu: era hora da próxima dança.