Depois do concurso, o jardim ficou ainda mais animado. Toda tarde, os bichinhos se reuniam para ver os saltos, contar histórias e dividir risadas.
Mas Tico tinha um último truque guardado.
— Juba, hoje vou tentar o pouso mais suave do mundo. Um salto tão leve que ninguém nem vai ouvir.
A joaninha ajeitou seus óculos com emoção.
— Vai ser mágico!
Tico subiu até o galho mais alto de uma árvore de flores de algodão. Respirou fundo. Sentiu o vento nas orelhas. E então…
BOING!
Saltou girando como uma pétala voadora.
Lá de cima, viu todo o jardim. As borboletas batendo palmas, os grilos esperando sorridentes, e Juba segurando uma folha com a nota máxima já pronta.
Tico planou… e pousou bem no centro de um ninho de pétalas que os amigos haviam preparado.
— Uaaaau… — suspiraram todos.
Foi o pouso mais suave do mundo.
Tico se deitou de barriga pra cima, olhando o céu entre as flores. Um vaga-lume pousou na pontinha do nariz dele. A joaninha chegou com uma coroa de trevo.
— Você é agora o Rei dos Saltos do Jardim — disse ela.
E ali, com o coração leve e a cauda ainda vibrando, Tico descobriu:
A melhor parte de um salto é compartilhar o pouso com quem a gente gosta.