O Salto Sobre o Riacho Encantado

Com a pedrinha azul guardada com carinho, Tupã seguiu floresta adentro. Logo, chegou à beira de um riacho diferente de tudo que já tinha visto. A água era cristalina, mas cintilava em tons de arco-íris. Algumas pedras boiavam no ar, desafiando a gravidade, e pequenas borboletas brilhantes dançavam sobre a correnteza.

Ele sabia que precisava atravessar. O mapa indicava que do outro lado havia um caminho secreto. Mas o riacho parecia testar seus instintos. As pedras “normais” afundavam ao toque. As flutuantes mudavam de lugar.

Tupã sentou para observar. Lembrou das palavras da tartaruga: “Veja o que não é visível.” Ele fechou os olhos e respirou fundo.

Ao abrir, viu uma leve aura azul sobre algumas pedras. Tocou uma com o dedo… ela era sólida! Sorriu e, com pulos ágeis, começou a atravessar de pedra mágica em pedra mágica.

No meio do caminho, uma rajada de vento soprou forte. Quase caiu. Mas a pedrinha azul brilhou suavemente em sua mochila. Sentiu um calor no peito. Sabia que não estava sozinho.

Com mais um salto certeiro, Tupã chegou ao outro lado, são e salvo.

Ele se virou, olhou o riacho encantado pela última vez, e acenou com a mãozinha.

— Obrigado pela lição.

O caminho à frente era estreito, mas o sapinho aventureiro estava pronto.